...faz-te ouvir tu também !!! e decide por ti próprio...


Sábado, 3 de Dezembro de 2011 a partir das 15 h  
1964 – Berkeley Free Speech Movement



Os anos 60 do século XX foram anos de mudança e revolta. Um pouco por todo o mundo, esta foi uma década de lutas e reivindicações por direitos. A década de 1960 foi o período de tempo em que vários países ocidentais deram uma guinada à esquerda. No início da década, com a vitória de John F. Kennedy nas eleições de 1960 nos EUA, da coalizão de centro-esquerda na Itália em 1963 e dos trabalhistas no Reino Unido em 1964. No Brasil, João Goulart virou o primeiro presidente trabalhista.

Podemos dizer que a década de 60, seguramente, não foi uma, foram duas décadas. A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no âmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo. A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos.

Assim aconteceu também em Berckley. O Free Speech Movement (FSM) foi um protesto estudantil que teve lugar durante o ano académico de 1964-1965, no campus da Universidade da Califórnia, em Berkeley, sob a liderança informal de estudantes como Mario Savio, Brian Turner, Bettina Aptheker, SteveWeissman, Art Goldberg, Jackie Goldberg, entre outros. Em protestos sem precedentes neste âmbito, os estudantes insistiram em que a administração da universidade suspendesse a proibição de atividades políticas no campus e que reconhecesse o direito dos alunos à liberdade de expressão e liberdade académica. As ações são mais fortes no dia 2 de Dezembro e dias seguintes. Algumas técnicas como o "sit-in" são usadas nestes protestos.   

http://en.wikipedia.org/wiki/Free_Speech_Movement

Também em França, no forte abanão que  foi o Maio de 68, foram os estudantes quem começaram com os protestos que culminariam numa grande greve geral.
Começou como uma série de greves estudantis que irromperam em algumas universidades e escolas de ensino secundário em Paris, após confrontos com a administração e a polícia. A tentativa do governo gaullista de esmagar essas greves com mais ações policiais no Quartier Latin levou a uma escalada do conflito que culminou numa greve geral de estudantes e em greves com ocupações de fábricas em toda a França, às quais aderiram dez milhões de trabalhadores, aproximadamente dois terços dos trabalhadores franceses. Os protestos chegaram ao ponto de levar o general de Gaulle a criar um quartel general de operações militares para obstar à insurreição, dissolver a Assembléia Nacional e marcar eleições parlamentares para 23 de Junho de 1968.

 












Alguns filósofos e historiadores afirmaram que essa rebelião foi o acontecimento revolucionário mais importante do século XX, porque não se deveu a uma camada restrita da população, como trabalhadores ou minorias, mas a uma insurreição popular que superou barreiras étnicas, culturais, de idade e de classe.

Mais do que nunca estamos numa época em que é preciso olhar para trás, para estes exemplos, e aplicar estes tipos de luta adaptando-os às realidades do tempo em que vivemos.


Triste é que a juventude deste país continue inebriada pelo consumismo e por uma visão acrítica das coisas, pelo culto da imagem e pela adoração dos ícones e símbolos de um mercado que os considera apenas como estatística ou cifrões, sobrevalorizando tudo o que vem de fora. Isto é fruto desta educação em massa sem preocupações em ajudar a formar o indivíduo, um sistema que procura uniformizar o naturalmente diverso. As necessidades, interesses, vontades e os métodos para atingirmos os objetivos a que nos propomos são tão variados quanto o número de pessoas que existe. Tudo deveria ser adaptado ao individuo como ser singular e único que é, e no entanto com tantos pontos comuns passíveis de serem partilhados.














Os estabelecimentos superior de escolaridade continuam repletos de seres que só se organizam, quase sempre em quantidades bem superiores às verificadas nas manifestações e ações de luta nas ruas, para berrarem mais alto que tudo... por nada; para beberem até cair para o lado; para se humilharem uns aos outros num sistema académico hierárquico, em que um tem por defeito mais valor e importância que o outro. Reflexo exato e preciso daquilo que acontece na sociedade em que vivem e, que por falta de solidariedade, altruísmo e espírito crítico, ajudam a manter e alimentam cegamente. O sistema está montado neste sentido, de criar máquinas de produzir dinheiro, escravos acéfalos, que por nada se indignam contra os seus "donos". Por mais que se os mal trate, sempre se voltam a ver, de rabo preso entre as pernas ou de cabeça presa numa qualquer caixa televisiva; de preferência muito grande para abarcar toda a nossa visão, cada vez menos periférica; a ir comer à mão de quem lhes tira todos os dias o "pão".



Insurjam-se, indignem-se, façam-se ouvir
...
...fora das quatro paredes confortáveis de casa, desacomodem-se, é (sempre) tempo de sair à rua...




DESTA VEZ VAI PARA O AR ASSIM :
15 h - Salamaleques de Asib Mohamed 





Tragam os U-Locks e não se esqueçam das correntes também. Estamos sempre prontos para dar música a mais uma ação de rua, pela luta dos nossos direitos e porque queremos decidir o nosso próprio destino bem como o caminho a percorrer para o atingir. Vamos relembrar outras datas e acontecimentos desta semana que passou. Desapertem os cintos porque o objetivo é mesmo bater de frente e ser projetado...


17h - Viktorspadinha apresenta :

"...The Day After The Sabbath...XI "


 

Uma viagem sónica pela musica underground dos finais de 60 e 70`s.

19h - Canto do Gregório #009


 

Há pouco mais de 15 anos existiam 8 multinacionais que detinham TODOS os meios tradicionais de publicação e distribuição musical. Hoje são apenas 3.

Muitas das editoras ditas independentes são meras subsidiárias directas ou indirectas desses gigantes empresariais, que nos inundam com receitas musicais insípidas, voltadas para um mercado que as consome sem alma ou consciência.
Assim, porque a irreverência e a inovação são incompatíveis com as leis do mercado e para mostrar que existe uma alternativa bem viva ao mercantilismo e uniformização da cultura, o programa desta semana é composto inteiramente por bandas independentes de distribuição e promoção gratuita.

Da Rússia a Portugal, do Industrial ao Folk, se é XEIQUE e o grégo bota...

21h - TEORIA DA CONSPIRAÇÃO...
por Troika

23h - Oitava edição de : Banalidades e Músicas Óbvias.



De regresso aos programas não temáticos, António Sobrancelhas volta a comprovar a sua falta de jeito para radialista e a sua mania para botar faladura sobre os temas de sempre, a troika, o governo, as privatizações, a repressão policial, a manipulação jornalística, entre músicas que já toda a gente conhece.


 


----------------------------------DOMINGO---------------------------------
 
1h - D.j TRASCAESCADA....


Esta semana fica marcada, do meu ponto de vista, pela elevação do Fado a património da Unesco, a vitória do f.c. Porto sobre o Braga e a do Benfica sobre o sporting. Tou -me a cagar pra incêndios em estádios de futebol, por mim podem deixar arder...
A partir da 01h de domindo trago-vos outra perspectiva do fado, a sua origem clandestina, a sua componente politica e a sua utilização como ferramenta de domesticação, assim como de critica social e oposição aos diferentes regimes que nos têm vindo a subjugar há jà demasiado tempo, digo eu não sei.....


Como faço para ouvir?
 
... rádiocasaviva, uma rádio nada amiga...escuta e divulga.
para ouvir sem sobressaltos a emissão subversiva da rádio casaviva, segue os seguintes passos:

-a melhor forma é usares o firefox e instalares o programa VLC certificando-te que ao instalares colocas um visto na caixa que diz "plug-in firefox"; a partir daí sempre que entres no blog da badmood (http://badmoodradio.blogspot.com/) através do firefox, a rádio começa a dar automaticamente.

- na coluna da direita, em "listen/ouvir", escolher "winamp".
- salva a playlist no ambiente de trabalho.
- abre a playlist com o VLC (se não tiveres descarrega no link abaixo de "listen/ouvir")
- se quiseres estar no chat, para falar com a rádio e outros ouvintes em directo, basta colocares o nick mal entras no blog.

APARECE, OUVE E DIVULGA...

rádiocasaviva, uma rádio sem barbies...

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